Brasil: Por la defensa de la democracia condenamos la prisión del expresidente Lula da Silva

Pronunciamiento de la Jornada Continental por la Democracia y contra el Neoliberalismo, de la cual formamos parte – A 8 de abril 2018

La Jornada Continental por la Democracia y contra el neoliberalismo manifiesta su absoluto rechazo y repudio a la orden de prisión emitida al ex presidente de Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, quien ha decidido cumplir esta orden judicial injusta.

Como conjunto de organizaciones de América Latina y el Caribe que construimos el proceso de la Jornada Continental, consideramos que el pedido de prisión es la culminación de un proceso judicial fraudulento, desconocedor de las garantías fundamentales de un Estado de derecho. Es una afrenta más a la democracia brasilera, y se constituye como continuación del golpe de Estado perpetrado por el neoliberalismo y encarnado por las fuerzas de derecha que representa el gobierno golpista, que ha cobrado vidas, militarizado los territorios y que ahora utiliza la prisión como estrategia para negar la participación política que pone en riesgo los intereses golpistas.

Consideramos que esta persecución política, como herramienta de negación de derechos a los pueblos, debe ser condenada y enfrentada por las diferentes organizaciones, procesos y movimientos sociales del Brasil y de diferentes partes del mundo, solidarizándonos con las mujeres y hombres a los que el golpe de Estado ha negado la posibilidad de la vida en democracia, y ha violado sistemáticamente los derechos conquistados históricamente.

En el marco de la Cumbre de las Américas de la OEA, que se realizará en Lima los días 13 al 17 de abril próximo, denunciaremos este acto antidemocrático y llamamos a los movimientos sociales peruanos e internacionales a organizar una gran manifestación en desagravio de la prisión de Lula. Igualmente, proponemos a la Cumbre de los Pueblos, que se realizará paralela a la Cumbre Oficial, a manifestarse contra la prisión de Lula.

Convocamos a todas/os las/os luchadores por la vida y la libertad a manifestar sus acciones de solidaridad para con el ex presidente Lula y el pueblo brasilero. La lucha contra el golpe continúa, ¡Lula Libre!

Jornada Continental por la Democracia y contra el neoliberalismo

Más información:

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Foto: Lula da Silva el 7 de abril 2018 en Sao Bernardo do Campo, Sao Paulo (Crédito: Reuters)

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La Federación Amigos de la Tierra Internacional, que forma parte de la Jornada Continental por la Democracia y contra el Neoliberalismo, les invita a mandar la siguiente carta a  Luiz Inácio Lula da Silva para mostrarle su apoyo:

EN INGLÉS

Superintendência Policia Federal

Para Luiz Inácio Lula da Silva

R. Profa. Sandália Monzon, 210 – Santa Cândida, Curitiba/PR

CEP: 82640-040

I post letter here my letter to FoEIALL, hoping it can move you and FoEI as such to express its solidarity to Brazilian people on this moment:

On these historical days in Brazil, to say #LulaLivre (Lula Free) goes much beyond than expressing a preference for a political party, or to say on who you have voted for or would like now to vote for president in 2018.

It is to say we cannot accept to go back in history after being raised our consciousness and to see all this again happening to any people in the world:

Another Coup D’Etat as the parliamentary-judicial-mediatic manoeuvre that ousted the elected president Dilma Roussef in 2016, dismantling and privatising politics to put the country definitely in the hands of bankers, transnational corporations and conservative elites that sustain the illegitimate Michel Temer, on his servile representation of business, including the climate criminals Shell and Chevron which supported his mandate and subsequent changes of law of deep oil exploration of national energy reserves;

An election being stolen by right wing imperialist forces, which political project have been repeatedly defeated democratically, and that can only be imposed by violence, as it happens since 2009 to the people in Honduras;

A reality of a political apartheid as experienced in South Africa, that for so many years deprived Mandela to govern his people, but worse now in a Global context where very few political leaders would dare to declare economic boycotts and when even the ONU accepts a fake civil political normality by nominating Brazil to the Human Rights Council;

A military coup that assaulted us in 1964, tortured thousands of militants, condemned left wing political parties to clandestinity and erased the political memory of an entire generation, as it also happened in so many countries of Latin America, and that even after Salvador Allende alerted UN about the complicit role of transnational corporations on violations of fundamental rights of peoples in the region, implemented the neoliberal doctrine by the violence of his murder in the Chilean coup in 1973.

To be seen forced as the Palestinians to do a Great Return March, demanding a life of dignity and have seen its people to be killed again for reclaiming it stolen land and the right to a sovereign state;

To live again the fascist and nazi persecution to peoples for their believes, culture and identity;

To revival colonialism and racism that subjugated indigenous peoples and afro descendents to genocide, dispossession and slavery in the last five centuries in Brazil, and being the black population until today the majority in national prison system;

To deny the historic struggle of women to conquest their rights to the political space, as happen with the political execution of the parliamentary Marielle Franco in Rio de Janeiro, and live again the patriarchal social degradation of womens’ social role as in the dark times of witches hunt and inquisition…

Today, to say #EuSouLula (I am Lula) it is to say we are all now those in the struggle to change the system, and against all forms of domination and exploitation.

Because at the time a political leader that has done so much to the poor can be put into jail, we are all the same exposed and vulnerable to the attacks to our rights as a people, starting from our fundamental civil and political rights, to say no to the barbarian of capitalism.

But at the same time we are all as well historically responsible to show that #Jamais AprsionaraoNossoSonhos (they will never imprison our dreams) and to use the strength of this moment to make true that #LulaValeAUnidade (Lula worth the struggle for unity), that this time worth to build our unity as a people that has its memory, culture, knowledge and power to fight for our future and for our sovereignity, and to globalize this hope to all peoples struggling for justice in the world now.

«¡Despertemos! ¡Despertemos Humanidad! Ya no hay tiempo», said Berta Caceres.

«As rosas da ressitencia nascem no asfalto. A gente recebe rosas, mas vamos estar com o punho cerrado falando de nossa existencia contra os mandos e desmandos que afetam as nossas vidas», said Marielle Franco.

«Eles acham que o problema deles é só o Lula. Eles vão descobrir que o problema são todos vocês. Minhas ideias já estão pairando no ar e não tem como prendê-las», said Lula.

Not only our leaders but we all as defenders of territories, of our commons, of democracy and of system change are being attacked, murdered, persecuted, imprisoned, put on siege, threatened, but we are millions now of Lulas, Marielles, Bertas, Rafaéis Braga… we are a fearless people. And we are not alone, together we are stronger and can make another history.

[FIRMA]

EN PORTUGUÉS

Superintendência Policia Federal

Para Luiz Inácio Lula da Silva

R. Profa. Sandália Monzon, 210 – Santa Cândida, Curitiba/PR

CEP: 82640-040

Publico minha carta aqui para FoEIALL, esperando que possa mover cada um/a de vocês e ATI como tal para expressar sua solidariedade ao povo brasileiro neste momento:

Nestes dias históricos no Brasil, dizer #LulaLivre vai muito além de expressar uma preferência por um partido político, ou dizer em quem você votou ou gostaria de votar agora em 2018.

É dizer que não podemos aceitar voltar à história depois de termos despertado nossa consciência e ver tudo isso acontecer de novo para qualquer povo no mundo:

Outro Golpe de Estado como a manobra parlamentar-judicial-midiática que depôs a presidente eleita Dilma Roussef em 2016, desmantelando e privatizando a política para colocar definitivamente o país nas mãos de banqueiros, corporações transnacionais e elites conservadoras que sustentam o ilegítimo Michel Temer, representante servil de empresas como as criminosos climáticos Shell e a Chevron, que apoiaram seu mandato e subsequentes mudanças na lei de exploração das reservas nacionais de petróleo em mar profundo;

Uma eleição sendo roubada pelas forças imperialistas de direita, cujo projeto político foi repetidamente derrotado democraticamente, e que só pode ser imposto pela violência, como acontece desde 2009 com o povo irmão de Honduras;

A realidade de um apartheid político como o vivido na África do Sul, que por tantos anos privou Mandela de governar seu povo, dificultado agora em um contexto global onde pouquíssimos líderes políticos se atrevem a declarar boicotes econômicos e quando até mesmo a ONU aceita uma falsa normalidade política e civil, nomeando o Brasil para o Conselho de Direitos Humanos;

Um golpe militar que caiu sobre nós em 1964, torturou milhares de militantes, condenou partidos políticos de esquerda à clandestinidade e apagou a memória política de toda uma geração, como também aconteceu em tantos países da América Latina, e mesmo depois de Salvador Allende ter alertado ONU sobre o papel cúmplice das corporações transnacionais nas violações dos direitos fundamentais dos povos da região, implementou a doutrina neoliberal pela violência e seu assassinato no golpe chileno em 1973;

Ser visto forçado como os palestinos a fazer uma Grande Marcha de Retorno, exigindo uma vida com dignidade e ver seu povo ser morto novamente por reivindicar sua terra roubada e o seu direito a um estado soberano;

Viver outra vez a perseguição fascista e nazista aos povos por suas crenças, culturas e identidade;

Reviver o colonialismo e o racismo que subjugou povos indígenas e afro-descendentes no Brasil ao genocídio, expropriação e escravidão por mais de cinco séculos, sendo hoje a população negra majoritária dos sistema carcerário nacional;

Negar as conquistas históricas das mulheres aos seus direitos e ao espaço político, como aconteceu com o feminicídio político da vereadora Marielle Franco no Rio de Janeiro, e viver novamente a degradação patriarcal do papel social das mulheres como nos tempos sombrios da caça às bruxas na inquisição …

Hoje, dizer #EuSouLula é dizer que somos todos aqueles que lutam para mudar o sistema e contra todas as formas de dominação e exploração.

Porque na época em que um líder político que fez tanto para os pobres pode ser preso, estamos todos expostos e vulneráveis aos ataques aos nossos direitos como povo, a começar por nossos direitos civis e políticos fundamentais, de dizer não à barbárie do capitalismo.

Mas ao mesmo tempo somos todos historicamente responsáveis por mostrar que #Jamais AprsionaraoNossoSonhos e usar a força deste momento para tornar realidade que #LulaValeAUnidade, que desta vez vale a pena construir nossa unidade como um povo que tem sua memória, sua cultura, conhecimento e poder para lutar por nosso futuro e por nossa soberania, e então globalizar essa esperança para todos os povos que lutam por justiça no mundo agora.

«¡Despertemos! ¡Despertemos Humanidad! ¡Ya não hay tiempo!», disse Berta Cáceres.

«Como rosas da resistência nascem no asfalto. «A gente passou por rosas, mas a gente está com o braço cerrado de nossa existência contra os mandos e desmandos que afetam as nossas vidas», disse Marielle Franco.

«Eles acham que o problema deles é só o Lula. Eles vão descobrir que o problema são todos vocês. Minhas ideias já estão pairando no ar e não tem como prendê-las», disse o Lula.

Não apenas nossos líderanças, mas todos nós, como defensores de territórios, dos bens comuns, da democracia e de uma mudança de sistema, estamos sendo atacados, assassinados, perseguidos, aprisionados, sitiados, ameaçados, mas agora somos milhões… de Lulas Marielles, Bertas, Rafaéis Braga… Somos um povo sem medo, e não estamos sós, juntos somos mais fortes e podemos fazer outra história.

[ASSINATURA]

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